quarta-feira, 25 de maio de 2011

Literatura de cordel (y'

Ilustrações

            As capas dos folhetos têm somente dizeres chamativos ou também ilustração. Quando a ilustração se acha presente, é comum basear-se em xilogravura, porém pode ser desenho e clichê de zinco e, no caso do pernambucano Dila, a gravura em borracha, adotada no final da década de 80.
            O citado "Canard" de grande formato sobre a oração fúnebre de Napoleão Bonaparte, datado de 1821, tem ilustração mostrando uma cena de velório, com Napoleão morto cercado por um sacerdote, uma mulher e dois oficiais; tudo adornado por um cortinado, à guisa de dossel da gravura. Mas em outras obras, como as marcadas por título que se inicia com Détails..., as cenas não raro mostram uma pessoa degolando, esfaqueando, enfim matando cruelmente a vítima. No Brasil, na Espanha e em Portugal parece menos frequente essa visualidade do crime. Mas não escapam do insólito: Grande e horrível crime de uma mulher que matou seu próprio marido com uma faca de cozinha é um exemplo português, não único.
            Por outro lado, há diversos folhetos portugueses da década de 50 que mostram desenhos coloridos na capa, quer dizer, aplicando-se modernas técnicas gráficas; outros, do final do século XIX, têm desenhos em branco-e-preto — o que era mais comum, nos quatro países. Entre os brasileiros, além de edições feitas na região nordestina, geralmente em branco-e-preto e de modo artesanal, existem atualmente edições ou reedições feitas em São Paulo e Rio de Janeiro, com alguma sofisticação gráfica e capas em cores.

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