Início e continuidade
Por falar em Portugal: como tantos outros fatos culturais brasileiros, essa literatura popular tem parentes entre os lusos. Mas está ligada também a cantorias e a desafios acompanhados de viola. Parece que os primeiros folhetos de trovador, no Brasil, foram impressos no final do século XIX. Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde são dois dentre os primeiros poetas; livrinhos de sua autoria continuam sendo reeditados, com direitos vendidos e revendidos. As tiragens totais acabam sendo difíceis de serem contabilizadas, calculando-se em milhares e milhares de exemplares. São famosos títulos como O cachorro dos mortos, Juvenal e o dragão, História da donzela Teodora, e outros de Leandro Gomes de Barros (Pombal-PB, 1865; Recife-PE, 1918); também Casamento e mortalha no céu se talha, História da princesa da Pedra Fina, Batalha de Oliveiros com Ferrabraz, Como se amança uma sogra, Rolando no Leão de Ouro, Os sofrimentos de Alzira, estes de João Martins de Atahyde (Ingá-PB, 1880; Recife-PE, 1959), e mais outros de autores falecidos, como José Bernardo da Silva, José Camelo de Melo Resende, Severino Milanês da Silva, Francisco das Chagas Batista, José Soares, Joaquim Batista de Sena, Rodolfo Coelho Cavalcante e outros. Dentre os que continuam produzindo, podemos citar Abraão Batista, em Juazeiro do Norte-CE; Minelvino Francisco Silva, em Itabuna-BA; o pernambucano João de Barros que reside em São Paulo; o paraibano Raimundo Santa Helena que reside no Rio de Janeiro; outro pernambucano fabuloso que é José Cavalcante e Ferreira, que também assina José Ferreira da Silva ou apenas Dila; J. Borges, em Bezerros-PE; Adalto Alcântara Monteiro, em Santa Maria do Pará-PA; e muitos outros.
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