Ficção humorística
Ocorre ainda a presença da jocosidade, em textos abertamente humorísticos ou em textos irônicos, ou ainda na exploração de boatos (que o autor popular logo capta e utiliza para sua criatividade). Alguns títulos ajudam a compreensão desse grande número de folhetos, cá e lá: Piadas de Bocage, de António Teodoro dos Santos; O grande debate de Camões com um sábio, de Arlindo Pinto de Souza; As perguntas do rei e as respostas de Camões, de Severino Gonçalves de Oliveira; Disparates em verso, de Armando Barata e Artur do Intendente; A padeira de Aljubarrota, de J. A. d’Oliveira Mascarenhas (estes dois de Portugal).
Mas a lista seria interminável: O homem que casou com a jumenta, de Olegário Fernandes da Silva; A mulher que engoliu um par de tamancos com ciúme do marido, de José Costa Leite; História do macaco que quis se virar gente, de Minelvino Francisco Silva; O rapaz que casou com uma porca no estado de Alagoas, de José Soares; O rapaz que virou burro em Minas Gerais, de Rodolfo Coelho Cavalcante; História da razão dos cachorros cherarem o feofó uns dos outros, de Abraão Batista; e também História de um galego que trocou a mulher por uma vaca (sem assinatura, editado em Lisboa).
Mas a lista seria interminável: O homem que casou com a jumenta, de Olegário Fernandes da Silva; A mulher que engoliu um par de tamancos com ciúme do marido, de José Costa Leite; História do macaco que quis se virar gente, de Minelvino Francisco Silva; O rapaz que casou com uma porca no estado de Alagoas, de José Soares; O rapaz que virou burro em Minas Gerais, de Rodolfo Coelho Cavalcante; História da razão dos cachorros cherarem o feofó uns dos outros, de Abraão Batista; e também História de um galego que trocou a mulher por uma vaca (sem assinatura, editado em Lisboa).
Se para uma pessoa de cultura urbana do Rio de Janeiro, de São Paulo ou de outras cidades progressistas do Sul-Sudeste títulos assim podem parecer exotismo demais, e portanto levar até a desprezo, nem sempre isso se confirma. Quando Rodolfo escreveu A moça que bateu na mãe e virou cachorra (mais de 20 edições), com várias gravuras de uma figura com corpo de cadela e cabeça de moça, não estava brincando: é o relato sério de um "causo" acontecido. Dizem. Como acontecido foi, ou assim tratado, o fato que motivou O papa-fígado de criança que apareceu em Minas Gerais, de Minelvino Francisco Silva. Da realidade ao fantástico é um pulo, o que explica o êxito de textos que seguem a linha de O homem que virou bode, versos e capa personalística de Dila.
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